No nosso país,
os maiores interessados em vencer as eleições não são apenas os candidatos, mas
também os financiadores, empresários suspeitos e agiotas. Eles atuam dando
suporte financeiro aos seus candidatos preferidos. Fazem um “investimento” que
esperam ser “vantajoso” enquanto durarem os mandatos.
O município de
Pacujá, mesmo sendo um dos menores do Ceará, não foge à regra. Foi notório o
derrame de dinheiro realizado na campanha eleitoral que acabou de terminar. Em
pleno século XXI, ainda se compra voto sem medida. Nos últimos anos, os órgãos
de controle e a Justiça avançaram para coibir essa prática condenável, mas ainda
estamos longe da civilidade. Cada vez mais, a democracia é refém do poder
econômico e dos interesses privados de gatunos.
Mas como eles
conseguem tirar proveito do poder público para fazer os seus “negócios”
renderem? Que tal direcionar licitações de obras e serviços, superfaturar os
preços e entregar um “produto” de terceira? Que tal alocar veículos de laranjas
com valores bem acima de mercado? Que tal entupir a administração de
terceirizados? Que tal dar carta branca a fichas- sujíssimas? A lista de
falcatruas é grande, mas essa turma da pesada sempre tem muita “criatividade”
para arranjar novas maneiras de surrupiar o erário.
E quem paga
essa conta? O povo, é claro! O mesmo povo que acha que obteve alguma vantagem
quando vendeu o voto. E essa conta, caros leitores, é muito cara. Nela estão
incluídos juros, correção monetária, taxas de rentabilidade e a certeza de um
município descendo velozmente para o fundo do poço.