No ano passado, o ex-governador do Ceará, Cid Gomes, foi à tribuna do Congresso Nacional e lavou a alma de muitos brasileiros ao adjetivar o presidente da Câmara Federal de “achacador”. Com a decadência moral da classe política, o achaque tornou-se um método consagrado na vida pública. Em Pacujá, a realidade não é diferente.
No jargão político, achacar é exigir “vantagens” em troca de apoio. Qualquer semelhança não é mera coincidência com o que acontece no nosso município. A expressão se encaixa perfeitamente para explicar a (má) conduta de alguns políticos sem princípios e sem escrúpulos, que transformam a própria honra em uma simples mercadoria.
É bem verdade que esse verbo não é praticado apenas por políticos. Há eleitores comuns que se comportam da mesma forma, contribuindo para alimentar esse círculo vicioso que só leva ao atraso. A continuidade desses vícios, ao longo de vários anos, resultou em uma cidade maltratada e sem serviços públicos adequados.
Afinal, qual o Pacujá que queremos? Um município refém dos achacadores? Devemos refletir sobre essas questões, principalmente porque estamos perto de decidir quem representará o povo a partir de 2017, tanto no Executivo quanto no Legislativo. Nenhuma transformação acontece do dia para a noite, mas o fundamental é dar o primeiro passo.
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