Câmara Municipal de Pacujá |
Logo na primeira sessão legislativa do ano (09.02.2013) os
vereadores de Pacujá mostraram para que foram eleitos: para nada! Aliás, para
nada chega ser um exagero, mas com certeza não foi para representar o povo e aprovar
projetos de leis benéficas ao município e à sociedade pacujaense. Parece-nos
que alguns deles estão mais preocupados com seus próprios interesses e de seus
“chefes” políticos do que com o município e com os interesses e as demandas da
sociedade.
Depois de ter passado quase um ano “engavetado”, o
projeto de lei de iniciativa popular conhecido como “Ficha Limpa Municipal”, o
presidente da Câmara, enfim colocou o referido projeto em pauta para ser votado
pelos senhores vereadores. No entanto, em explícita manifestação de desrespeito
à sociedade pacujaense que enviou o projeto à Câmara com mais de 320
assinaturas pedindo sua aprovação, os senhores vereadores desaprovaram o
projeto de lei por 5 votos a 4 (Votou contra o projeto de lei: Luciray
Jefferson, Júnior Brito, Carlos Veras, Zé Antonio e João Paulo. Votou a favor
do projeto de lei: Cori Jorge, Braz Alves, Ritinha Gomes e Gerardinho Alves).
Ora, caro leitor, cidadão pacujaense, você pode estar se
perguntando, assim como nós: Mas se o projeto era bom para o município, pois
iria proteger a administração de pessoas “fichas sujas”, se era um desejo da
população explicitamente manifestado e se tal projeto já fora aprovado em
âmbito Federal, Estadual e dezenas de municípios em todo o país também já aprovaram
lei idêntica, por que então os vereadores de Pacujá foram contra?! Esta é a
pergunta que não quer calar!
Há uma série de motivos que poderiam explicar tal atitude
dos senhores vereadores, acreditamos que um deles – e talvez o mais importante –,
é o fato de nosso município ser administrado pelo senhor Raimundo Rodrigues de
Sousa, ex-prefeito e atual Secretário de Administração e Finanças do município,
um “ficha suja” declarado (condenado por desvio de dinheiro público quando foi
prefeito de Pacujá entre os anos de 1997 a 2000). Este senhor é, segundo os
próprios vereadores da base da prefeita, o seu líder político.
Por tanto, caso tal projeto de lei fosse aprovado,
imediatamente o secretário teria que ser exonerado, fato que custaria muito a
ele, uma vez que é ele o responsável financeiro do município (ninguém compra
nenhum bombom sem a autorização dele), ou seja, para os vereadores contrários
ao referido projeto é melhor ir contra o interesse coletivo e o bem de Pacujá
do que ser contra seu “chefe” político.
Disso tudo, caros leitores, é possível fazer uma análise
bastante obscura da política de Pacujá: 1º) Fica claro que os representantes
eleitos pelo povo para representá-lo na verdade não representam a sociedade e
sim seus próprios interesses e de seus pares; 2º) Para alguns dos vereadores a
Câmara Municipal não é um poder autônomo e fiscalizador do Executivo municipal,
muito pelo contrário, é na verdade um “puxadinho” da prefeitura, onde eles não
são vereadores, e sim capachos, capangas, empregados, etc. (entenda como
quiser) de seu líder político; e 3º) O pensamento que prevalece na cabeça dos
detentores de cargos políticos é que dane-se o povo, aqui quem manda sou eu, e
o meu pirão primeiro!
Por essas e outras é que afirmamos que nossa política
(leia-se politicagem) precisa com urgência que a sociedade se manifeste e tome
providências, que não aceite abusos como esse. Temos que mostrar que a
sociedade é quem detém o poder e que os ocupantes dos cargos públicos estão lá
para atender os interesses do povo, levando em consideração a legalidade e a
ética. A sociedade precisa agir, senão, continuaremos a ver palhaçadas como
essa, o que é lamentável.