No último dia 22 de setembro, nossa querida Pacujá completou
56 anos de emancipação política. Motivo pelo qual toda a cidade festejou,
inclusive com atrações culturais em praça pública e apresentações de bandas de
forró.
Mas o que é isso na prática? O que é emancipar-se
politicamente? Você já parou para refletir o que isso significa para a história
de Pacujá?
Bom, emancipar-se significa tornar-se livre, independente,
autônomo. No caso de Pacujá, a vila tornou-se independente politicamente,
administrativamente e financeiramente, em 1957. Se fosse hoje, Pacujá não
poderia ser cidade, pois um dos requisitos básicos para se criar um novo
município, segundo a lei, é que o futuro município tenha mais de 10 mil
habitantes.
Mas não queremos falar de questões técnicas que chegam a ser
irrelevantes, no nosso caso, uma vez que somos, e há muito tempo, um município
emancipado. A nossa indagação mergulha mais fundo, pretende mexer com os brios filosóficos
de nós pacujaenses.
Queremos direcionar seus pensamentos às questões:
Independência política também significa dizer que a população é livre pra
pensar e escolher politicamente? Autonomia administrativa é a mesma coisa que
uma administração independente e funcional? E autonomia financeira é o mesmo
que um município equilibrado financeiramente com o gasto público?
Trazemos essas questões até vocês porque é nosso dever
pensar sobre nossa cidade para além de uma data que, apesar de muito
significativa, pouco reflete na realidade do município, especialmente no que
trata do interesse público.
Não queremos boicotar o espírito bairrista que tanto nos
preenche, nem dizer que nossa emancipação é inócua, pelo contrário, queremos
revestir nossa alma pacujaense com o mais elevado sentimento de amor à nossa
terra e alimentarmo-nos com tudo que é bom e nos faz criar raízes neste “torrão
da esperança”.
Em outras palavras, queremos continuar esperançosos de que
Pacujá e seus munícipes continuarão num processo contínuo de emancipação (tornar-se
livre, independente) , não só politicamente, mas existencialmente.
Viva Pacujá e sua História, assim como o futuro que queremos
(e que virá) para nossa cidade, filhos e netos!
Nenhum comentário:
Postar um comentário