Francisco Orlando Alves Rodrigues, 46 anos,
servidor público estadual, bacharel em Geografia e em Direito, com pós-graduação em Direito Penal e Direito Processual Penal. |
O Sr. é um conterrâneo com uma
trajetória bem-sucedida como
servidor público da Secretaria da
Justiça e Cidadania. Quais os
principais desafios dessa área nos
próximos anos?
Hoje, nós temos 23 mil
presidiários, afora mais ou menos o
mesmo número de mandatos de prisão
abertos. Mas a quantidade de agentes
penitenciários está aquém dessa
demanda. Portanto, é uma
necessidade já neste Governo que haja
um novo concurso. Inclusive participei
da comissão para indicar as diretrizes
da Secretaria para esse concurso.
Outros desafios são implantar uma
política de penas alternativas, com
vistas à redução da população
carcerária, e a criação de
penitenciárias regionais, uma delas na
região da Ibiapaba.
Embora residente na Capital, o Sr.
é muito presente em Pacujá,
inclusive ajudando nossos
conterrâneos no mercado de
trabalho. O que falta para Pacujá
gerar oportunidades para os
jovens?
Passei dois anos trabalhando na
Região Norte e tive o prazer de ajudar
algumas pessoas, o que para mim foi
de fundamental importância profissional e pessoal, justamente por
ter tido a oportunidade de ajudar os
conterrâneos. À medida do possível,
também procuro fazer isso em
Fortaleza, como de fato já fiz várias
vezes e continuo fazendo. Acho que
deveria ter maior empenho do poder
público municipal em levar empresas
para a cidade em parceria com o
Governo do Estado, concedendo
incentivos fiscais. Isso ajudaria muito
a desenvolver o município porque
geraria renda dentro da própria
cidade.
A sua família, sob a liderança do
Sr. Mano Rodrigues, tem uma
história muito respeitada na
política pacujaense. Costuma-se
dizer que hoje os homens
públicos não têm os mesmos
valores de outrora. O Sr.
concorda com essa análise?
Em tese, sim, pois hoje a
grande maioria dos políticos entra na
vida pública com o objetivo apenas de
enriquecer. Um exemplo bem claro é o
que está acontecendo no país, onde
nós estamos pagando a conta por
desvios de bilhões, de pessoas que se
aproveitam dos cargos públicos, que
são preenchidos sem a mínima
capacidade técnica, servindo apenas
para apadrinhamentos ou acordos
políticos. Particularmente, até
costumo dizer que quem gosta muito
de dinheiro não deveria entrar na
política.
O Sr. é um dos braços fortes da
oposição, mas ainda não pleiteou
um cargo eletivo. Comenta-se
que há possibilidade de isso
acontecer em 2016. O que o Sr.
pensa a respeito disso?
Bom, como todos são
sabedores, a gente já nasceu dentro
de uma família política tradicional em
Pacujá. Em épocas passadas, por
algumas vezes, o meu nome foi
cogitado como candidato a vice-
prefeito. Mas hoje, já mais maduro,
admito que não era o momento adequado. Atualmente, pelos dois
anos que passei trabalhando na região,
admito e muitas pessoas elevam o meu
nome como pré-candidato a vice-
prefeito. Todavia, sei que há outros
nomes com igual interesse, o que é fato
– e respeito todos eles. Diante desse
quadro, deixo meu nome à disposição
da coligação, porém sou daqueles que
não pensam só em si, e sim no grupo
como um todo. Dessa forma, de toda
sorte, deixo meu nome à disposição.
Como apoiador do pré-candidato
a prefeito Eraldo Aguiar (PCdoB),
porque o Sr. acredita que ele pode
melhorar o rumo do nosso
município?
Na campanha passada, a
situação dizia que se o Eraldo perdesse
a eleição ele iria embora no outro dia,
fato que não aconteceu, muito pelo
contrário. Ele permanece até hoje
trabalhando em prol do povo do
Pacujá. Diante disso, eu o considero
uma pessoa diferenciada, porque
nunca se viu na história política de
Pacujá um candidato perder a eleição e
permanecer trabalhando de cabeça
erguida para ajudar seus munícipes.
Ademais, ele, ao contrário de outros,
ainda não exerceu a função de chefe do
executivo municipal, portanto é
necessário que o eleitorado lhe dê uma
oportunidade para que ele mostre um
trabalho inovador.
Considerações finais: Agradeço
essa oportunidade, como cidadão
pacujaense que ama sua cidade, de
explanar e discutir situações
relacionadas à política local. E no mais,
desejo a todos os conterrâneos um
Natal cheio de paz e muito amor no
coração. Que o ano de 2016 seja
marcado por grandes mudanças dos
nomes que compõem a política
municipal e que Pacujá seja agraciada
com essas mudanças