domingo, 10 de fevereiro de 2013

Vereadores de Pacujá envergonham o município

Câmara Municipal de Pacujá

Logo na primeira sessão legislativa do ano (09.02.2013) os vereadores de Pacujá mostraram para que foram eleitos: para nada! Aliás, para nada chega ser um exagero, mas com certeza não foi para representar o povo e aprovar projetos de leis benéficas ao município e à sociedade pacujaense. Parece-nos que alguns deles estão mais preocupados com seus próprios interesses e de seus “chefes” políticos do que com o município e com os interesses e as demandas da sociedade.

Depois de ter passado quase um ano “engavetado”, o projeto de lei de iniciativa popular conhecido como “Ficha Limpa Municipal”, o presidente da Câmara, enfim colocou o referido projeto em pauta para ser votado pelos senhores vereadores. No entanto, em explícita manifestação de desrespeito à sociedade pacujaense que enviou o projeto à Câmara com mais de 320 assinaturas pedindo sua aprovação, os senhores vereadores desaprovaram o projeto de lei por 5 votos a 4 (Votou contra o projeto de lei: Luciray Jefferson, Júnior Brito, Carlos Veras, Zé Antonio e João Paulo. Votou a favor do projeto de lei: Cori Jorge, Braz Alves, Ritinha Gomes e Gerardinho Alves).

Ora, caro leitor, cidadão pacujaense, você pode estar se perguntando, assim como nós: Mas se o projeto era bom para o município, pois iria proteger a administração de pessoas “fichas sujas”, se era um desejo da população explicitamente manifestado e se tal projeto já fora aprovado em âmbito Federal, Estadual e dezenas de municípios em todo o país também já aprovaram lei idêntica, por que então os vereadores de Pacujá foram contra?! Esta é a pergunta que não quer calar!

Há uma série de motivos que poderiam explicar tal atitude dos senhores vereadores, acreditamos que um deles – e talvez o mais importante –, é o fato de nosso município ser administrado pelo senhor Raimundo Rodrigues de Sousa, ex-prefeito e atual Secretário de Administração e Finanças do município, um “ficha suja” declarado (condenado por desvio de dinheiro público quando foi prefeito de Pacujá entre os anos de 1997 a 2000). Este senhor é, segundo os próprios vereadores da base da prefeita, o seu líder político.

Por tanto, caso tal projeto de lei fosse aprovado, imediatamente o secretário teria que ser exonerado, fato que custaria muito a ele, uma vez que é ele o responsável financeiro do município (ninguém compra nenhum bombom sem a autorização dele), ou seja, para os vereadores contrários ao referido projeto é melhor ir contra o interesse coletivo e o bem de Pacujá do que ser contra seu “chefe” político.

Disso tudo, caros leitores, é possível fazer uma análise bastante obscura da política de Pacujá: 1º) Fica claro que os representantes eleitos pelo povo para representá-lo na verdade não representam a sociedade e sim seus próprios interesses e de seus pares; 2º) Para alguns dos vereadores a Câmara Municipal não é um poder autônomo e fiscalizador do Executivo municipal, muito pelo contrário, é na verdade um “puxadinho” da prefeitura, onde eles não são vereadores, e sim capachos, capangas, empregados, etc. (entenda como quiser) de seu líder político; e 3º) O pensamento que prevalece na cabeça dos detentores de cargos políticos é que dane-se o povo, aqui quem manda sou eu, e o meu pirão primeiro!

Por essas e outras é que afirmamos que nossa política (leia-se politicagem) precisa com urgência que a sociedade se manifeste e tome providências, que não aceite abusos como esse. Temos que mostrar que a sociedade é quem detém o poder e que os ocupantes dos cargos públicos estão lá para atender os interesses do povo, levando em consideração a legalidade e a ética. A sociedade precisa agir, senão, continuaremos a ver palhaçadas como essa, o que é lamentável.

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