quarta-feira, 17 de fevereiro de 2016

Entrevista com o vereador Cori Jorge


Cori Jorge, vereador de Pacujá pelo PMDB 
e um dos líderes da oposição no Legislativo. 
Em breve, a Câmara Municipal de Pacujá iniciará as sessões para este ano legislativo. O que a população pode esperar em relação às ações do nosso Parlamento?
A população pode esperar que faremos o que for preciso para o bem de todos. Continuaremos fazendo aquilo que o povo realmente deseja. Às vezes deixamos a desejar por motivos que não dependem de nós. Mas aquilo que o povo desejar de bom, nós, da oposição, continuaremos defendendo com rigor durante este ano.

Após muita pressão, a Lei da Ficha Limpa Municipal foi aprovada no ano passado, mas a Prefeitura não a respeita. Qual a sua análise sobre o fato? O que o Sr. fará sobre essa questão e como espera que seja a postura dos seus colegas legisladores?
Nós fizemos o papel principal, que foi aprová-la. Estamos aguardando uma decisão dos órgãos competentes para que vigore a ficha limpa aqui no município. Acionaremos a Justiça para que a lei seja cumprida e tenho a certeza que todos os meus colegas vereadores da oposição agirão dessa forma.

Os aliados do Executivo afirmam que essa é uma das melhores gestões que Pacujá já teve. Considerando a sua vivência na política municipal, o Sr. concorda com essa opinião?
Não concordo. Não posso concordar que seja a melhor administração. Você pode ver que existem vários erros na atual administração. Não tem como dizer se a população perdeu ou ganhou confiando na atual administração, pois, desde que entrei na política, em 1982, as administrações são quase as mesmas. As administrações de 1982 para cá, infelizmente, seguem esse mesmo sistema de política.

Há comentários de uma possível “terceira via” em relação à disputa para a Prefeitura. No seu entender, há aceitação popular para que isso aconteça?
Esta terceira “via” está surgindo de forma forçada porque querem vir de qualquer jeito. A melhor opção para o Pacujá é que haja apenas dois candidatos. No momento, não há espaço nem necessidade de uma terceira opção. O Pacujá precisa de um prefeito que mantenha a ordem, pois é algo que está faltando no município.

Há vários anos, o Sr. faz parte da oposição e é aliado do pré- candidato Eraldo Aguiar (PCdoB). O que o leva a acreditar que ele é o pretendente certo para assumir a prefeitura?
Desde que estou na oposição venho apoiando o Eraldo Aguiar e vou continuar apoiando nas próximas eleições, porque é um homem de confiança e certo para mudar o sistema político de Pacujá. O município está precisando de uma nova mentalidade política. Eu acredito que estou no caminho certo porque ele vem para querer mudar, e tenho a confiança que ele irá liderar da
maneira mais correta.

Com essas especulações de formação de “terceira via”, qual sua postura nas próximas eleições? Há possibilidade de rompimento?
Sempre fui da oposição e sou um tipo de político que, onde estou, sou fiel. Nada pode atrapalhar minha relação com o grupo. Minha fidelidade não tem preço. Não desejo receber nada de ninguém, pra mudar de partido ou algo parecido. Afirmo que não existe nenhuma possibilidade de rompimento, pois me sinto muito bem no grupo e todos reconhecem minha fidelidade e pretendo sempre manter essa relação.

Durante muito tempo, o Sr. foi aliado do líder político Chaguinha. Como o Sr. o avalia como político e como espera que seja o seu envolvimento nas próximas eleições?
O Chaguinha é uma ótima pessoa, digna e prestativa. Tenho por ele grande consideração, pois tivemos uma trajetória de política juntos e nossa amizade já dura muitos anos. Considero e sempre considerarei o nosso amigo Chaguinha como um líder político importantíssimo, e sempre respeitarei qualquer decisão política que ele tomar. Esperamos que o líder Chaguinha possa estar conosco nas próximas eleições. Juntos, com certeza conseguiremos dar nova esperança para a população. Nascemos com ele na política, juntos fizemos história, espero que possamos estar unidos nessa nova luta.

Considerações finais: Quero dizer ao povo de Pacujá que continuo sendo a mesma pessoa e vou enfrentar mais uma campanha. Quero que os amigos entendam que política se faz com trabalho e com honestidade e isso é o que eu acredito e que vou levar para o resto de minha vida. 

sábado, 13 de fevereiro de 2016

Aprovado o Orçamento Municipal de 2016

Aprovada no fim do ano passado pela Câmara Municipal, já está em vigor a Lei Orçamentária de 2016 para os órgãos da administração pública de Pacujá. Esse tipo de lei é de enorme importância, pois é através dela que se prevê a receita e se fixa as despesas municipais, não sendo permitido desrespeitá-la. Trata-se também de um instrumento de fiscalização, razão pela qual deve ter ampla divulgação.
De acordo com o Orçamento estabelecido, os órgãos municipais terão à disposição a quantia de R$ 21.672.296,00 ao longo do ano, um montante 11% maior em relação ao ano passado. Chama atenção o grande valor alocado no Gabinete da Prefeita, que não executa serviço algum à população, assim como a grande quantia prevista para a Secretaria de Infra-Estrutura. A Câmara Municipal terá um crescimento de verbas à sua disposição, ficando com mais condições de dar retorno à sociedade. Veja na tabela a previsão de receita para cada órgão:
Considerando que o poder público municipal terá um grande montante de recursos para dar conta de suas obrigações legais, é inadmissível o descaso em relação aos atrasos salariais dos servidores, a precariedade dos serviços e a deterioração dos equipamentos públicos. Mais do que nunca, deve-se abrir o olho para que o dinheiro de todos não escoe para o bolso de alguns.

Cenário pré-eleitoral em Pacujá favorece a oposição

Com o início deste ano eleitoral, que culminará na votação em 02 de outubro, intensificam-se as articulações dos possíveis pretendentes aos cargos eletivos em Pacujá. Interessa a todos captar apoios e tomar fôlego para a disputa que promete ser acirrada. Ainda distante dos movimentos nos bastidores, a população espera a definição das peças deste tabuleiro de grandes emoções.

A maior expectativa, é claro, gira em torno dos que disputarão o comando da Prefeitura. Fragilizada pela péssima gestão e sem um líder natural apto a concorrer, o lado situacionista ainda não deixou claro quem o representará. Tanto o vice-prefeito Alex Melo (PTB) quanto o vereador Zé Antônio (PSL) se apresentam como pré-candidatos ao executivo, ambos esperançosos de que terão o aval do notório Raimundo de Souza, que deverá tomar a decisão.
 
Pela oposição, está consolidada a pré-candidatura de Eraldo Aguiar (PCdoB). Apesar do intenso bombardeio lançado por seus adversários, o ex-vereador detém grande apoio popular e tem angariado, sem estardalhaço, importantes aliados para marcharem ao seu lado. O pretendente oposicionista permanece em ascensão política, representando o desejo de mudança que o nosso município necessita.
 
Também é cogitado o surgimento de uma “terceira via”, tornando mais imprevisível o desenrolar do cenário ora posto. O que se tem de concreto até o momento é que o jogo está sendo jogado, com cada pretendente buscando ficar bem posicionado no tabuleiro. Alguns jogadores tentam alterar a ordem natural, como se tivessem a capacidade de comandar o seu curso, mas quem decide de fato é quem está assistindo de camarote: o povo.

Cadê os fiscais?

Os brasileiros de boa fé têm visto, enojados, o mar de corrupção já revelado pela Operação Lava Jato. De forma organizada, a República foi saqueada por políticos, empresários e servidores públicos sem escrúpulos. Dentre os políticos envolvidos, estão aqueles eleitos pelo povo justamente para fiscalizar o uso dos recursos públicos, ou seja, os parlamentares.
Nos municípios, os parlamentares são os vereadores. Estariam eles zelando suas funções? Mensalões, desvios e superfaturamentos ocorrem apenas em Brasília? Não é preciso ser cientista político para responder: claro que não! Uma das crises do nosso país é a desmoralização das Casas Parlamentares, pois seus representantes não fiscalizam bulhufas e, quando legislam, geralmente é para satisfazer interesses não republicanos.
O conjunto de instituições que ajudam a controlar a administração pública, como os Tribunais de Contas e o Ministério Público, precisam ser alimentados pelos “fiscais municipais”. Por sua vez, a população tem o direito e o dever de cobrar atitude de seus representantes. Em nosso pequeno Pacujá, não faltam motivos para que os nove vereadores atuem com firmeza.
Não podemos admitir o cômodo discurso de que essa postura “não dá em nada”, pois uma denúncia bem formulada pode gerar frutos. Exemplos disso não faltam. Portanto, os pacujaenses que se preocupam com o nosso município esperam que o Parlamento Municipal dê bom exemplo, e não que seja uma pequena amostra da lastimável situação nacional.