quarta-feira, 20 de julho de 2016

Entrevista com Gadyel Gonçalves

O PCdoB, na região do pé de serra (Graça, Pacujá e Mucambo), terá candidatos próprios a prefeito. De que forma o Sr. acompanha essas pré-candidaturas do partido? 
Sobre essas candidaturas do partido, nós temos nos reunido com a Deputada Augusta Brito e além dessas cidades, também temos apoiado o prefeito de Ipu, Sergio Rufino, e em São Benedito, onde também sou pré-candidato à reeleição. A Deputada vem trabalhando para fortalecer cada uma dessas candidaturas e com certeza todos têm grande possibilidade de vitória.

Em uma eventual vitória do partido nesses municípios e através de uma atuação em bloco, é possível atrair mais investimentos juntos com a deputada Augusta Brito para essas cidades?
Com certeza. Haverá, na verdade, o fortalecimento de toda região. Já temos a Augusta como deputada da região da Ibiapaba e nós temos procurado que o PCdoB se fortaleça cada vez mais nesses municípios para que, atuando juntos, a gente consiga mais recursos para ajudar cada uma dessas cidades. Já estivemos conversando com o presidente estadual do PCdoB, Luís Carlos, para termos uma reunião com o governador Camilo Santana a fim de que ele possa participar do planejamento dessas campanhas e assim obtermos êxito. E que, futuramente, ele também possa participar do planejamento de governo dessas Prefeituras. E no próximo ano, com o PCdoB saindo vitorioso nesses municípios, com certeza teremos o apoio do nosso Governador e ele nos ajudará a trazermos mais recursos para ofertamos uma qualidade de vida melhor ao povo dessa região.

O Sr. tem apoiado ativamente o pré-candidato Eraldo Aguiar e tem acompanhado a oposição de Pacujá. Que dicas o senhor daria ao pré-candidato Eraldo Aguiar e à toda oposição para que consigam êxito nas eleições?
Eu vejo que no Pacujá o Eraldo é o pré-candidato mais preparado e que tem grandes chances de vitória. Estamos articulando uma aliança com o ex-prefeito Chaguinha para que o grupo se fortaleça ainda mais. Com o Eraldo saindo vitorioso nas eleições, terá total apoio do partido, da deputada Augusta Brito e do governador Camilo Santana para ofertar uma administração digna ao povo de Pacujá.

O PCdoB de Pacujá já tem dois pré-candidatos a vereador (Professor Ilderlan e Dalton Alves). De que forma o Sr. vê a importância de se eleger vereadores do partido e como eles poderão ajudar em um eventual governo de Eraldo Aguiar?
Com toda a experiência que tenho como prefeito, eu vejo que o gestor ter vereadores aliados é peça fundamental para uma boa administração, pois é indispensável para aprovar projetos que sejam de interesse da população. No Pacujá, esses dois pré-candidatos do PCdoB são muito importantes, e também precisamos eleger o maior número possível de vereadores da coligação. Então devemos trabalhar para eleger o nosso pré-candidato a prefeito e os pré-candidatos a vereador da coligação para que o nosso gestor tenha a segurança e o apoio necessário para aprovar os projetos que sejam de interesse do povo de Pacujá.

O Sr. por acompanhar há muito tempo o cenário político em Pacujá, sabe das dificuldades e dos anseios do povo. O que o Sr. sente da população de Pacujá em relação a essa pré-candidatura do Eraldo Aguiar?
Eu vejo que a população de Pacujá tem um sentimento grande de mudança e isso é de fundamental importância. E volto a dizer que o Eraldo é o que está mais preparado para realizar essas mudanças junto com o povo. A população sabe das dificuldades e com certeza saberá reconhecer que esse grupo de oposição que vem se formando e se fortalecendo trará ao Pacujá as mudanças tão esperadas.

Considerações finais: Gostaria de agradecer ao carinho de todo povo de Pacujá por aquela bela receptividade em todas as visitas que já fizemos. Deixo o meu abraço a cada pacujaense e digo que estamos na luta e o que depender do nosso apoio estaremos trabalhando para que essa mudança possa acontecer e que possamos trazer dias melhores ao povo de Pacujá.

terça-feira, 19 de julho de 2016

Prefeitura abandona o Museu de Pacujá e ignora a Serrinha

Vista panorâmica da Serrinha
Poucos pacujaenses sabem, mas o nosso município possui uma grande riqueza natural. Trata-se da chamada “Serrinha”, uma parte da Serra da Ibiapaba que fica ao redor das comunidades de Bom Gosto, Bananeira e Zipu. Lá foram encontrados os fósseis mais antigos do Ceará e vários artefatos de humanos que viveram há milhares de anos, merecendo grande destaque na mídia cearense.

Apesar dessa enorme importância científica e cultural, a Serrinha e todas as ações sobre ela nunca receberam a devida atenção do poder público municipal. Para abrigar esse conjunto de fósseis e artefatos, receber os estudiosos e contar essa história à população, o Museu de Pacujá foi idealizado por iniciativa de dois engajados conterrâneos. Por alguns anos, o Museu funcionou em uma casa cedida no Alto do Cravatá, até que a atual gestão municipal “tomou a frente” e, na prática, destruiu o projeto.

Vice-prefeito Alex Melo no anúncio da reabertura do Museu de Pacujá
Em 2013, a Prefeitura prometeu retomar o Museu de Pacujá. Em um evento com a presença das maiores autoridades do município, de pesquisadores e da comunidade, foi anunciada a reabertura do equipamento. O fato é que tudo não passou de promessa e ninguém sabe onde está o acervo do Museu. E há algo mais grave: o Museu encontra-se registrado nos órgãos oficiais e, no entanto, a Prefeitura de Pacujá deu fim a ele.

Além disso, a Serrinha continua vulnerável ao vandalismo e à exploração indevida, pondo em risco a preservação desse ambiente que abriga diversas espécies e possui um complexo de cavernas e cachoeiras em meio a vestígios da Mata Atlântica. Há vários anos o Ministério Público Federal orientou a Prefeitura para criar uma Área de Preservação Ambiental, mas nada foi feito.

Por causa da incompetência e da falta de visão de seus gestores, o Pacujá está maltratando as suas riquezas naturais e culturais. Além disso, está desperdiçando um enorme potencial científico, ecológico e turístico, que poderia gerar mais renda e dignidade para o nosso povo.

Sem plano, não dá!

A boa política não se faz apenas costurando apoios e alianças. Apesar disso ser fundamental, também é preciso compreender os problemas administrativos e as carências do município, para que se construa um Plano de Governo coerente e que inspire confiança. Afinal, como oferecer esperança se não se sabe o que realmente deve ser feito?

A legislação eleitoral obriga todos os candidatos a prefeito a registrarem seus planos de governo. A intenção é que o candidato mostre com clareza as suas propostas e, dessa forma, o eleitor tenha mais um elemento para tomar a sua decisão. Na prática, os planos são feitos de forma amadora e apenas listam um rosário de propostas vagas e irreais. Muitas vezes, elas são apenas copiadas de outros planos igualmente vagos e irreais.

Diante disso, o PCdoB de Pacujá e os demais partidos que dão base política ao pré-candidato da oposição, Eraldo Aguiar, têm o desafio de construir um plano de governo com responsabilidade e bom senso. Para tanto, é necessário ouvir a população e reunir uma equipe capacitada e com conhecimento sobre a realidade local.

Ainda temos a cultura de que “planejar é perda de tempo, pois não sabemos sobre o futuro”. Por causa dessa visão é que desperdiçamos recursos e continuamos a perpetuar o atraso. Resolver os problemas com planejamento é difícil; sem planejamento, é bem mais difícil.

CHARGE: Chá de Simancol!


ENTENDA O DIREITO: APOSENTADORIA RURAL

A aposentadoria por idade rural está assegurada pela Lei 8.213/91, tendo direito ao benefício homens com 60 anos e mulheres com 55 anos. Além da idade, é preciso que o segurado especial (trabalhador rural) comprove o exercício da atividade rural, ainda que descontínuo, pelo período mínimo de 180 meses, conforme também estabelecido nessa lei, em regime de economia familiar.

A Constituição define o trabalho em regime de economia familiar como sendo “o produtor, o parceiro, o meeiro e o arrendatário rurais e o pescador artesanal, bem como os respectivos cônjuges, que exerçam suas atividades em regime de economia familiar, sem empregados permanentes”. Há necessidade de início de prova material com testemunhal para conseguir o benefício.

Dentre as principais provas estão: Cadastro na Ematerce; participação em programa do governo federal (DNOCS); certidão de casamento tendo rural como profissão; contrato individual de trabalho ou CTPS; contrato de arrendamento, parceria ou comodato rural; declaração do sindicato dos trabalhadores rurais; comprovante de cadastro no INCRA; documentos fiscais de entrega de produção rural à cooperativa agrícola, etc. A documentação do marido também serve para a esposa.

Quem trabalhou com carteira assinada, contrato ou serviço público ainda tem direito à aposentadoria especial rural, denominada aposentadoria mista ou híbrida. No entanto, terá um acréscimo de 5 anos para o benefício, e na data do requerimento deve estar trabalhando novamente na atividade especial rural, segundo o entendimento da Justiça, não do INSS.

Casas populares entregues sem água e energia elétrica

Casas populares sem água e energia elétrica
Os moradores das casas populares recém-entregues em nosso município reclamam que as moradias foram entregues sem que as instalações de água e energia elétrica tenham sido realizadas, causando indignação com a falta de providências.

A população carente de Pacujá renovou nos últimos tempos a esperança de sair do aluguel e viver na tão esperada casa própria, quando a Prefeitura anunciou a construção de dezenas de casas populares que foram entregues em abril deste ano. Entretanto, muitas famílias que há muito tempo esperavam pela casa própria ainda não conseguiram mudar-se para a nova residência, pois, não bastasse o atraso na entrega, não há instalação de água e energia elétrica naquela região e o que era pra ser uma realização virou motivo de frustração e decepção.

Segundo os moradores, na cerimônia de entrega das moradias, o secretário de finanças Raimundo Rodrigues, ao referir-se ao problema, assumiu o compromisso de fazer a instalação de energia elétrica até o fim de maio, mas, até agora nenhuma providência foi tomada e a população segue sem acreditar e sem perspectivas de viver numa moradia digna.

Durante a noite, em meio à escuridão total, os moradores que já se instalaram em suas residências sentem-se receosos com a possibilidade de roubos e frustrados por não poderem usufruir de seus equipamentos elétricos. Além isso, eles se deslocam longas distâncias em busca de água para suprir as necessidades mais básicas. Enquanto disso, a Administração, que não cumpriu o compromisso firmado com os moradores, segue sem dá esclarecimentos ou apresentar uma solução definitiva para o problema.