terça-feira, 31 de março de 2015

Em breve, Pacujá ganhará sinalização de suas ruas

Após receber, em 2012, a pavimentação asfáltica das suas principais ruas, Pacujá receberá agora mais uma importante melhoria urbanística. Está prevista para os próximos dias a implantação da sinalização de trânsito dessas mesmas vias, conforme informação obtida junto à Direção do DETRAN – Departamento Estadual de Trânsito do Ceará.

No ano passado, técnicos do órgão estiveram em nossa cidade fazendo os levantamentos de campo. O projeto prevê a realização das sinalizações vertical e horizontal, pois Pacujá passou a ser entrecortado pela rodovia CE-445, que dá acesso a Reriutaba. Além da instalação das placas indicando a preferência nos cruzamentos e da alocação de faixas de pedestres em locais movimentados, haverá redutores físicos de velocidade (tachões) nos pontos necessários. Todos os recursos para a execução do projeto são provenientes do tesouro estadual, não havendo participação orçamentária municipal.

Apesar de o trânsito local não ser municipalizado, a sinalização das vias de Pacujá representa um importante avanço para a segurança de condutores e pedestres, pois ficarão claras as regras de circulação e, caso haja algum sinistro, será possível punir os possíveis culpados. Por outro lado, deve-se ter em mente que o principal fator para um trânsito pacífico é a prudência de seus atores.

A sinalização viária das áreas urbanas dos municípios cearenses, embora não seja atribuição direta do DETRAN, faz parte do amplo conjunto de ações do órgão para dotá-los das condições mínimas de segurança no trânsito, gerando grandes benefícios sociais e econômicos.

quarta-feira, 18 de março de 2015

Dois cearenses da Zona Norte estão na lista do “Petrolão”

Padre Zé e Aníbal: 
vítimas ou corruptos?
Com a palavra final, a Justiça
A operação Lava Jato, que investiga um mega esquema de corrupção na Petrobras, está causando um grande rebuliço na política nacional. Deflagrada em 2014, a investigação vem apurando os desvios cometidos por servidores da empresa, empreiteiros e políticos. O potencial de estrago é imenso, pois envolve gente graúda que movimentou um volume de recursos muito maior do que o do lendário “Mensalão”.

Passadas as fases em que foram divulgados os servidores e empreiteiros envolvidos, chegou a hora dos políticos. No último dia 6 de março, o Ministério Público Federal enviou ao Supremo Tribunal Federal os pedidos de abertura de inquérito contra 47 políticos, sendo 32 do PP, 07 do PMDB, 06 do PT, 01 do PSDB e 01 do PTB. Entre os investigados estão ex-ministros dos governos Lula e Dilma, os presidentes do Senado e da Câmara dos Deputados, além de dois veteranos políticos da Zona Norte do Ceará.

O primeiro é o deputado federal Aníbal Gomes (PMDB), ex-prefeito de Acaraú. Membro de uma oligarquia que domina a política do município, é irmão do deputado estadual Manoel Duca, o Duquinha. Está em seu sexto mandato federal, tendo sido eleito pela primeira vez em 1994, e também responde a outros processos na Suprema Corte.

O segundo é o ex-deputado federal José Linhares, mais conhecido como Padre Zé. Tradicional líder político e religioso de Sobral, teve seis mandatos em Brasília, sendo eleito pela primeira vez em 1990. Na última eleição, não conseguiu ser eleito suplente de senador. Atualmente, é presidente do Conselho Estadual de Educação. Pesam contra Aníbal e Padre Zé as acusações de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha.

De acordo com o que já foi publicado na imprensa, o esquema consistia em um jogo de cartas marcadas formado por um seleto grupo de empreiteiras, que se revezavam para abocanhar os contratos da Petrobras. Para manter isso, propinas eram repassadas aos políticos. Quanto maior fosse a “força” de um político, maior era a sua “cota”. A investigação ganhou riqueza de detalhes com as chamadas delações premiadas.


Ainda não se pode atribuir culpa aos acusados, pois resta um longo(e lento) caminho jurídico até um possível julgamento final. Enquanto isso, não faltarão renomados advogados tentando anular os trabalhos de investigação. Basta lembrar que processos sobre maracutaias de grandes empreiteiras viraram pó em um passado recente. Talvez apostando na impunidade que reina no Brasil, o vice-governador da Bahia, um dos acusados no Petrolão, disse que está “cagando e andando” por seu nome estar incluído na lista. Resta saber se no futuro ele e sua turma estarão “cagando e andando” atrás das grades...

Entrevista: Vice-prefeito do Município de Pacujá

Alex Melo, vice-prefeito pelo PTB,
vereador 2004-2008, casado, pai de 2 filhos
 e formado em Ciências Contábeis.
 
No cargo de vice-prefeito é possível conhecer de perto as ações da prefeitura. De que forma o senhor avalia a atual administração de Pacujá?
É possível e importante que o vice-prefeito conheça de perto todas as problemáticas e as ações que a administração vem tomando para resolvê-las. Eu avalio de forma positiva a maneira como a prefeita Lucivane vem administrando. Pegou a educação com um dos piores índices do Estado e hoje estamos entre os melhores. A saúde, no ano de 2010 foi agraciada com o prêmio de 1° lugar do índice SUS. Então, esses dois setores cresceram bastante nessa administração. Houve um crescimento das ações de todas as secretarias para com os munícipes. Como em todas as administrações, esta tem problemas e, inclusive, defendo que haja um investimento na área do esporte e da cultura, que deixam muito a desejar.

Recentemente, a Câmara Municipal passou a ser comandada pela oposição. A Prefeitura teme que haja mais fiscalização da administração ou não há o que temer?
Eu acho que não é pelo fato de a Câmara ser comandada por vereador de oposição ou de situação que a gente vá temer alguma fiscalização. Eu acho que os vereadores têm que ter responsabilidade e tem que ser fiscalizado mesmo, independente de lado A ou B. Não temos o que temer. A gente tem de buscar parceria com os vereadores, porque os poderes
têm de trabalhar de forma harmônica e independente.

Há muito tempo os funcionários públicos sofrem de atrasos salariais. Por que esse problema ainda não foi resolvido?
Eu não sou a pessoa ideal para responder isso, mas acho que acaba acontecendo por alguns fatores: poucos recursos, muitos contratados e a necessidade dessas pessoas para o desenvolvimento das atividades. O município ainda é muito pobre, mas é um problema que eu não concordo. Sou totalmente contra o atraso do pagamento dos servidores. Isso precisa ser resolvido e acredito que nesse ano de 2015 será. Isso já faz parte da política do passado, a política do presente e do futuro tem de ser feita com servidor em dias. Atrasos trazem prejuízo para o comércio, famílias e administração.

Quando era vereador, o Sr. condenava as práticas do prefeito da época, que são semelhantes as da atual gestão. O Sr. ainda briga por uma administração ética?
Com certeza. Quando eu era vereador, a tribuna era meu meio de comunicação e hoje eu faço parte da administração como vice-prefeito, mas eu sempre tenho batido em cima das coisas que eu discordo. E muitas coisas melhoraram, como a implantação do piso salarial dos professores e da insalubridade, que foram lutas minhas quando vereador e como vice-prefeito. Acho que tem que ser trabalhado pontualmente todos os problemas e que a gente possa diminuir cada vez mais algumas práticas que não condizem com a ética e com o que é certo.

Muitos municípios não permitem que “fichas-sujas” tenham cargos públicos. O que o Sr. acha do fato de o Pacujá ainda não ter adotado tal lei?
Eu acho que isso é problema do legislativo, pois tem que ser votado uma lei neste sentido. E o legislativo votando, eu não sou contra. Tem que ser uma administração transparente com as pessoas. A gente tem que buscar melhorar cada dia mais na administração pública do município, assim como na esfera estadual e federal. Temos que buscar melhorias a cada dia, e colocando pessoas boas, de competência e que saibam zelar pelo patrimônio público.

Fala-se muito no seu nome para disputar a Prefeitura em 2016. Por que o Sr. acha que merece comandar os destinos de Pacujá?
Na realidade, eu não considero que o prefeito seja um comandante; o prefeito é uma espécie de articulador. Então, se o povo de Pacujá permitir e eu chegar na Prefeitura como prefeito, irei governar com o povo de Pacujá e com as entidades de classe, com todos os partidos políticos. Criar um conselho político, onde se discuta todas as problemáticas desde a agricultura até o desenvolvimento urbano. Me considero preparado para estar à frente deste processo.

Considerações finais: Agradeço o PCdoB de Pacujá e digo que estamos de portas abertas para conversar com todas as agremiações políticas do município. É importante nos unirmos cada vez mais. Quero, junto com vocês, fazer um projeto melhor para Pacujá, um projeto de desenvolvimento sustentável e buscar gerar renda para o município, que infelizmente ainda é muito pobre. Com certeza, juntos conseguiremos ajudar nosso município prosperar.

A FARRA DAS DIÁRIAS EM PACUJÁ

Quanto mais se verifica os gastos da Prefeitura Municipal de Pacujá, mais fica claro o descaso com o suado dinheiro que deveria ser revertido em benefício do povo. Concluída a prestação de contas do ano passado, chama atenção os valores absurdos para cobrir as despesas com diárias, que são pagas aos servidores que viajam a serviço do município.
A Casa do Conterrâneo, em Fortaleza: diária pra quê?!

Ao longo de 2014, a Prefeitura de Pacujá torrou R$ 84.756,00 somente em diárias, conforme informações publicadas no Portal da Transparência do Tribunal de Contas dos Municípios. Para que se tenha noção de como esse valor é descabido, basta comparar com o que gastaram os municípios vizinhos de Graça e Mucambo. Mesmo sendo bem maiores e com mais recursos do que Pacujá, cada um deles gastou R$ 60.225,00 e R$ 32.670,00, respectivamente. Parece surreal, mas são os fatos: Pacujá gastou 160% a mais em diárias do que Mucambo!

Mais da metade dos gastos com diárias em Pacujá foram destinados a apenas três pessoas, o que faz dessa farra um gordo salário adicional para cada um desses privilegiados. O principal agraciado é o notório secretário de administração e finanças, Raimundo Rodrigues de Sousa, que embolsou em diárias o montante de R$ 19.035,00. Em 2014, o poderoso secretário tirou nada mais nada menos do que 141 diárias, resultando numa média de 12 diárias por mês.

O show de eficiência administrativa não pára por aí. Todas as viagens “a serviço” realizadas pelo popular secretário tiveram como destino a Capital do Estado, Fortaleza. Ocorre que por lá a Prefeitura mantém a famosa “Casa do Conterrâneo”, cujo aluguel atualmente é de R$ 2.300,00 por mês. Pois bem. É lá onde os conterrâneos costumam se fixar, deixando nítido o quanto são financeiramente vantajosas as viagens “de trabalho”.

Toda essa dinheirama indo para o ralo faz falta em algum lugar, principalmente quando se sabe que as prefeituras irão passar por grandes dificuldades financeiras em 2015. Existe uma expectativa de redução nos repasses do governo federal, pois a economia do país está em crise e, consequentemente, arrecada menos impostos. Difícil é sensibilizar quem tem a caneta na mão. Para eles, tudo é uma eterna farra.

CHARGE: Eu vou... eu vou...


FIQUEI POR DENTRO

Iluminação Municipal
A Coelce está entregando a manutenção dos pontos de iluminação pública para as prefeituras do Ceará. A medida é necessária para fazer cumprir uma determinação da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Com isso, cada prefeitura deve se responsabilizar por esse serviço. É aí onde mora o perigo, pois elas não dão conta nem dos serviços básicos. Guardem as lanternas...

Raio que o parta
Por falar em eletricidade, um estudo recentemente divulgado pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) revelou que Pacujá é o município cearense onde mais caem raios por quilômetro quadrado. O assunto é preocupante, pois desde o ano 2000, 54 pessoas já morreram no Ceará por causa de raios. Portanto, todo cuidado é pouco. Chagas aberto!

Rock In Pacujá
Nem só de forró vivem os ouvintes do rádio pacujaense. A Tropical FM leva ao ar de segunda a sexta, das 19 às 20h30, o programa Tropical Rádio Rock, que está caindo nas graças da moçada que curte esse ritmo musical. Comandado pelos amigos Cristiano Borges e Wagner Brito, a atração tem ativo perfil nas redes sociais, onde recebe pedidos dos ouvintes e dá dicas sobre bandas nacionais e estrangeiras.

POR QUE SOU PCdoB DE PACUJÁ

De Assis Ribeiro
Filiado/Militante desde 2012
Por que acredito nas práticas democráticas do partido e também na ideologia dos membros do PCdoB de Pacujá. Decidi me juntar a esse grupo de pessoas com intuito de tentar mudar o cenário político de nossa humilde, acolhedora e amada cidade, pois acredito que esse grupo tem capacidade para fazer uma política firme e honesta. 

Com quase dois anos de filiação no partido, aprendi muitas coisas, como por exemplo, que a política não é fácil, mas que temos que lutar e ter força de vontade. Quero agradecer ao partido pela confiança que tem à minha pessoa. Farei o possível para que nossa luta obtenha sucesso, e como diz o poeta “um dia nós seremos a maioria”

TODO CIDADÃO É UM FISCAL

O poder de um cidadão vai muito além de eleger seus representantes. Também é seu papel vigiar os caminhos do dinheiro público, pois ele pertence a todos, não apenas a quem é pago para administrá-lo. A partir dessa visão, muitos grupos no Brasil inteiro, independente de partidos, têm agido para evitar desvios e melhorar as suas cidades.

Os serviços de saúde não funcionam como deveriam? A merenda escolar não é do jeito que foi contratada no papel? As obras são abandonadas ou não têm serventia? Os salários atrasam? As compras se traduzem a gatos vendidos por lebres? Em todas essas situações, há algo em comum: o seu dinheiro escorreu para onde não deveria.

Todas essas informações estão hoje ao alcance de quem assim desejar, seja às suas vistas, através dos órgãos que as publicam na internet ou por requerimento a outros órgãos. Se algo está “fedendo”, é hora de levar ao conhecimento das instituições que existem para apurá-los, como os Tribunais de Contas e o Ministério Público, que por sua vez podem transformá-las em processos na Justiça.

Por dever do cargo, os vereadores são os grandes fiscais do município. Na prática, porém, não é o que se vê. Essa falha só reforça a importância de cada cidadão ser um vigilante do seu próprio dinheiro. Corruptos para quererem levá-lo não faltam.

NA TERRA DAS "VIRADAS"

Se a política de Pacujá não existisse, teria que ser inventada. Isso porque há tantas situações pitorescas no seu dia-a-dia que parecem cenas de novela de época. O simples vai e vem entre apoiadores da situação e da oposição, tão comum nas cidades do interior, por aqui é motivo para tapas e beijos de grandes proporções.

Essa situação é um sintoma de que a política pacujaense está carente de bons valores e, portanto, cada vez mais distante do bem de Pacujá. Tudo se resume a discutir quem saiu “ganhando” ou “perdendo” após as viradas. Quando a política gira apenas em torno disso, é sinal de que tanto os políticos quanto os eleitores estão jogando contra o futuro do nosso município.

Ainda pensando sobre as tais viradas, percebe-se que elas ocorreram sem a necessidade de haver qualquer novo fato político ou administrativo para justificá-las. Fica claro que esses movimentos, quase sempre, acontecem por meros motivos pessoais, sejam eles benefícios recebidos ou interesses contrariados.

Evidentemente, é direito de qualquer cidadão fazer a virada que bem entender, mas também é direito de qualquer cidadão fazer seu juízo de valor, especialmente quando se trata de política – que em Pacujá se escreve com “p” minúsculo mesmo, pois os seus principais atores esquecem da sua real finalidade. Fazer Política com “P” maiúsculo é a virada que o nosso município de fato precisa.