Ninguém gosta de ser cobrado. Qualquer pessoa, seja ela criança ou adulto, pobre ou rico, trabalhador ou desocupado, não fica satisfeito ao sofrer uma cobrança. Os políticos, claro, também não são diferentes. A diferença é que eles têm, por força de sua função, de encarar críticas e questionamentos com naturalidade. São os ossos do ofício.
A Constituição brasileira, logo no seu início, dá a medida da importância da participação popular na organização política da nossa nação: “Todo poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente”. Em outras palavras, o povo é a razão do poder. Infelizmente, grande parte dos políticos não absorve esse princípio. Talvez por isso, eles não reagem bem quando são colocados contra a parede.
Mas, quando a pressão popular é grande, os políticos costumam cair na real e arregaçar as mangas, por puro instinto de sobrevivência. Foi isso o que aconteceu após os recentes protestos de rua que varreram o país. Projetos de lei engavetados há anos finalmente foram aprovados pelo Congresso Nacional, enquanto que a Presidência apresentou planos para melhorar áreas estratégicas para o futuro do nosso país.
Na nossa pequena Pacujá, o grupo que forma o PCdoB municipal deu voz ao anseio da sociedade ao cobrar mais atuação por parte dos vereadores da oposição. Coincidentemente ou não, após isso os parlamentares passaram a fiscalizar os atos do poder executivo com mais efetividade, levando indícios de irregularidades aos órgãos competentes. A bem do interesse público, que assim continue.
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