segunda-feira, 21 de dezembro de 2015

Entrevista com Orlando Rodrigues


Francisco Orlando Alves Rodrigues, 46 anos,
 servidor público estadual, bacharel em 
Geografia e em Direito, com pós-graduação em 
Direito Penal e Direito Processual Penal. 
O Sr. é um conterrâneo com uma trajetória bem-sucedida como servidor público da Secretaria da Justiça e Cidadania. Quais os principais desafios dessa área nos próximos anos?
Hoje, nós temos 23 mil presidiários, afora mais ou menos o mesmo número de mandatos de prisão abertos. Mas a quantidade de agentes penitenciários está aquém dessa demanda. Portanto, é uma necessidade já neste Governo que haja um novo concurso. Inclusive participei da comissão para indicar as diretrizes da Secretaria para esse concurso. Outros desafios são implantar uma política de penas alternativas, com vistas à redução da população carcerária, e a criação de penitenciárias regionais, uma delas na região da Ibiapaba.

Embora residente na Capital, o Sr. é muito presente em Pacujá, inclusive ajudando nossos conterrâneos no mercado de trabalho. O que falta para Pacujá gerar oportunidades para os jovens?
Passei dois anos trabalhando na Região Norte e tive o prazer de ajudar algumas pessoas, o que para mim foi de fundamental importância profissional e pessoal, justamente por ter tido a oportunidade de ajudar os conterrâneos. À medida do possível, também procuro fazer isso em Fortaleza, como de fato já fiz várias vezes e continuo fazendo. Acho que deveria ter maior empenho do poder público municipal em levar empresas para a cidade em parceria com o Governo do Estado, concedendo incentivos fiscais. Isso ajudaria muito a desenvolver o município porque geraria renda dentro da própria cidade.

A sua família, sob a liderança do Sr. Mano Rodrigues, tem uma história muito respeitada na política pacujaense. Costuma-se dizer que hoje os homens públicos não têm os mesmos valores de outrora. O Sr. concorda com essa análise?
Em tese, sim, pois hoje a grande maioria dos políticos entra na vida pública com o objetivo apenas de enriquecer. Um exemplo bem claro é o que está acontecendo no país, onde nós estamos pagando a conta por desvios de bilhões, de pessoas que se aproveitam dos cargos públicos, que são preenchidos sem a mínima capacidade técnica, servindo apenas para apadrinhamentos ou acordos políticos. Particularmente, até costumo dizer que quem gosta muito de dinheiro não deveria entrar na política.

O Sr. é um dos braços fortes da oposição, mas ainda não pleiteou um cargo eletivo. Comenta-se que há possibilidade de isso acontecer em 2016. O que o Sr. pensa a respeito disso?
Bom, como todos são sabedores, a gente já nasceu dentro de uma família política tradicional em Pacujá. Em épocas passadas, por algumas vezes, o meu nome foi cogitado como candidato a vice- prefeito. Mas hoje, já mais maduro, admito que não era o momento adequado. Atualmente, pelos dois anos que passei trabalhando na região, admito e muitas pessoas elevam o meu nome como pré-candidato a vice- prefeito. Todavia, sei que há outros nomes com igual interesse, o que é fato – e respeito todos eles. Diante desse quadro, deixo meu nome à disposição da coligação, porém sou daqueles que não pensam só em si, e sim no grupo como um todo. Dessa forma, de toda sorte, deixo meu nome à disposição.

Como apoiador do pré-candidato a prefeito Eraldo Aguiar (PCdoB), porque o Sr. acredita que ele pode melhorar o rumo do nosso município?
Na campanha passada, a situação dizia que se o Eraldo perdesse a eleição ele iria embora no outro dia, fato que não aconteceu, muito pelo contrário. Ele permanece até hoje trabalhando em prol do povo do Pacujá. Diante disso, eu o considero uma pessoa diferenciada, porque nunca se viu na história política de Pacujá um candidato perder a eleição e permanecer trabalhando de cabeça erguida para ajudar seus munícipes. Ademais, ele, ao contrário de outros, ainda não exerceu a função de chefe do executivo municipal, portanto é necessário que o eleitorado lhe dê uma oportunidade para que ele mostre um trabalho inovador.

Considerações finais: Agradeço essa oportunidade, como cidadão pacujaense que ama sua cidade, de explanar e discutir situações relacionadas à política local. E no mais, desejo a todos os conterrâneos um Natal cheio de paz e muito amor no coração. Que o ano de 2016 seja marcado por grandes mudanças dos nomes que compõem a política municipal e que Pacujá seja agraciada com essas mudanças 

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