segunda-feira, 28 de setembro de 2015

Contas da Prefeitura de Pacujá estão no caos

A crise financeira que se abateu em todo o Brasil atingiu em cheio as prefeituras mal administradas. Acostumados a torrar o dinheiro público como se não houvesse amanhã, os prefeitos irresponsáveis estão em apuros com as reduções nos repasses federais à medida que a economia brasileira se enfraquece. Esse é o caso da surrada Prefeitura de Pacujá.

Apesar da expectativa de tempos ruins existir desde o ano passado, o Orçamento de 2015 da Prefeitura de Pacujá previu uma arrecadação de R$ 19.500.000,00, valor 16% superior em comparação a 2014. As despesas previstas são iguais ao valor que se esperou arrecadar. Não é preciso ser especialista em finanças públicas para perceber que a Lei Orçamentária de 2015 foi duplamente irresponsável, prevendo uma arrecadação exagerada e fixando uma despesa nesse mesmo patamar. Com o passar dos meses, a realidade bateu na porta e os nossos gestores viram que o buraco é mais embaixo.

Demonstrativo Financeiro da PMP nos últimos anos!
Conforme mostra o Relatório de Execução Orçamentária divulgado pela Secretaria do Tesouro Nacional, os recursos recebidos pelo município no primeiro semestre deste ano foram de R$ 8.541.472,68, enquanto as despesas empenhadas já haviam chegado a R$ 12.122.779,82. Por causa dessa situação crítica, a Prefeitura se viu obrigada a diminuir os investimentos em melhorias na cidade, que estão muito prejudicados. Além de preocupar todos os pacujaenses, esse cenário causa angústia nos servidores públicos, que mesmo nos bons tempos já sofriam com os constantes atrasos salariais.

Não foi por falta de aviso que a situação chegou a esse nível. Em fevereiro de 2014, o Módi Lê já havia denunciado o desgoverno das contas municipais, além de recomendar o seguinte: “Para colocar as contas de Pacujá no azul, não há outro caminho senão tornar a administração mais equilibrada e reduzir custos, mesmo adotando medidas impopulares. Desta forma, a Prefeitura ficaria menos dependente dos repasses do Governo e teria caixa para investir nas melhorias que a cidade precisa”. Ficou claro que o dever de casa não foi feito.

As melhorias que se nota em Pacujá acontecem no patrimônio e na boa vida dos poucos privilegiados que se locupletam do erário municipal. A crise não chegou no bolso dos operadores dessa administração, que cinicamente se declara “de todos”.

Apesar de serem mais culpados do que vítimas, os maus prefeitos têm pressionado o Governo Federal a enviar mais recursos, como se os cofres da nação estivessem com folga. Ao invés de ficarem de pires na mão, nossos gestores deveriam acabar com as despesas superfaturadas e as benesses que tanto eles quanto seus apaniguados desfrutam. Essa é a chave da questão.

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