quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

Quem vai pagar a conta da eleição?


No nosso país, os maiores interessados em vencer as eleições não são apenas os candidatos, mas também os financiadores, empresários suspeitos e agiotas. Eles atuam dando suporte financeiro aos seus candidatos preferidos. Fazem um “investimento” que esperam ser “vantajoso” enquanto durarem os mandatos.

O município de Pacujá, mesmo sendo um dos menores do Ceará, não foge à regra. Foi notório o derrame de dinheiro realizado na campanha eleitoral que acabou de terminar. Em pleno século XXI, ainda se compra voto sem medida. Nos últimos anos, os órgãos de controle e a Justiça avançaram para coibir essa prática condenável, mas ainda estamos longe da civilidade. Cada vez mais, a democracia é refém do poder econômico e dos interesses privados de gatunos.

Mas como eles conseguem tirar proveito do poder público para fazer os seus “negócios” renderem? Que tal direcionar licitações de obras e serviços, superfaturar os preços e entregar um “produto” de terceira? Que tal alocar veículos de laranjas com valores bem acima de mercado? Que tal entupir a administração de terceirizados? Que tal dar carta branca a fichas- sujíssimas? A lista de falcatruas é grande, mas essa turma da pesada sempre tem muita “criatividade” para arranjar novas maneiras de surrupiar o erário.

E quem paga essa conta? O povo, é claro! O mesmo povo que acha que obteve alguma vantagem quando vendeu o voto. E essa conta, caros leitores, é muito cara. Nela estão incluídos juros, correção monetária, taxas de rentabilidade e a certeza de um município descendo velozmente para o fundo do poço. 

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