segunda-feira, 22 de junho de 2015

Entrevista com líder político Eraldo Aguiar

Eraldo Aguiar, líder da oposição de Pacujá
Após ser aliado dos atuais ocupantes do Executivo, o Sr. lidera a oposição há seis anos. Quais erros da situação justificam a sua posição política?
Toda administração pública tem seus erros e acertos. Quando eu decidi ser líder da oposição eu me desliguei do poder por não concordar com a forma de administração que naquele tempo existia e que até hoje existe. O fator mais importante que me fez liderar a oposição foi a falta de compromisso da administração com o povo e que até hoje não vi nenhum compromisso da maneira que a gente quer e espera..

Recentemente houve a sua desfiliação do PMN (Partido da Mobilização Nacional), por qual motivo? Qual partido o Sr. irá escolher e qual a razão?
Em relação a minha saída do PMN houve muitas conversas de que eu havia sido expulso, mas não houve nada disso. O que ocorreu foi que o presidente estadual do PMN saiu como candidato a deputado federal e infelizmente eu não pude apoiá-lo e digo que se nós não tivéssemos firmado o compromisso antes com outro candidato, nós poderíamos apoiá-lo. A partir disso não me senti mais à vontade e decidi me desfiliar. Hoje, minha esposa e eu nos encontramos sem partido e até o momento houve algumas propostas, mas o interesse que eu tenho é ser membro do PCdoB, pois foi um partido que me ajudou muito na campanha passada, é um partido de muita articulação. Gostaria de sair candidato por ele, mas isso é uma ideia que vai ser amadurecida e eu não descarto outros partidos para me filiar.

Fala-se que o Sr. foi assediado para abrir mão da sua candidatura a Prefeito. Há alguma possibilidade de isso acontecer? Quais os motivos?
Eu tive uma conversa com o líder político Chaguinha pedindo o apoio dele para nossa candidatura e fortalecer nosso grupo. Ele disse que a intenção dele também era ser prefeito e perguntou se eu abriria mão de ser candidato e eu disse para ele que eu não era mais um candidato para atender apenas a um desejo pessoal. Eu sou um candidato pelo sonho de muitas pessoas, pelo povo que até hoje vem me acompanhando e acreditando no nosso trabalho. Dessa conversa saiu muitas especulações, até de envolvimento financeiro. Eu quero deixar bem claro que não houve nada disso, foi apenas uma conversa e deixei bem claro que não ia deixar o objetivo que já venho traçando há seis anos, porque não posso fazer isso com as pessoas que acreditam em mim. Não abrirei mão da candidatura, mas com humildade procurarei os apoios necessários, e afirmo com segurança que a nossa candidatura é irreversível.

A Prefeitura vive uma situação financeira muito complicada. Que medidas o Sr. Aponta para recuperar a saúde financeira dos cofres municipais?
Sabemos que a crise está grande. Aqui no Pacujá, nunca acabou a crise. Para organizarmos o município de Pacujá temos que tomar várias medidas e uma delas é acabar com o gasto de dinheiro de maneira irregular. Se nós conseguirmos chegar lá, a primeira coisa que farei é chamar todos, conversar e organizar o município, cortando todos os gastos supérfluos que existam. Se não fizer isso desde janeiro, nenhum administrador consegue administrar perfeitamente. Tem que haver esse consenso, de chamar a responsabilidade, se organizar e mostrar transparência nos gastos públicos.

Segundo decisão do Tribunal de Contas dos municípios as contas da Câmara Municipal de Pacujá no exercício de 2009 foram desaprovadas por uma série de irregularidades. Na época o senhor era o gestor. O que teria a comentar para população sobre o ocorrido?
Com relação às contas de 2009, das irregularidades que foram apontadas, 90% foram sanadas porque o tribunal apontou falhas que nós provamos o contrário. Por exemplo, foi apresentada uma falha com relação às diárias porque não foi pago o INSS, houve uma multa altíssima e colocaram improbidade, entretanto conseguimos provar que estávamos certo uma vez que não podíamos pagar o INSS dos 50% das diárias se nós já pagávamos o teto do valor do imposto. Quando provei que pagava o teto, retiraram esta improbidade. Nenhuma acusação me impede hoje de ser candidato.

No seu primeiro mandato o senhor apoiou e defendeu a administração do então prefeito da época Francisco das Chagas Alves (Chaguinha), sendo inclusive seu líder na Câmara. No entanto no seu segundo mandato o senhor desaprovou as contas do ex-Prefeito. Na época o que justificou essa mudança de postura?
Quando eu decidi sair do grupo do Chaguinha eu disse que aprovaria as contas dele, caso estivesse tudo correto. Votação de contas de prefeito é avaliação política e por isso desaprovei, pela pressão do momento. Mas deixo bem claro que em nenhum momento foi uma questão pessoal ou algum tipo de perseguição devido ao rompimento do grupo.

Considerações finais: Agradeço ao PCdoB por ter me apoiado para candidato a prefeito nas eleições passadas e pelo trabalho que fez pelo grupo. Espero que possamos caminhar juntos nas próximas eleições. Nós continuamos no Pacujá para construir uma nova história e uma nova linha de política, respeitando as pessoas e criando oportunidades.

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