quarta-feira, 18 de março de 2015

A FARRA DAS DIÁRIAS EM PACUJÁ

Quanto mais se verifica os gastos da Prefeitura Municipal de Pacujá, mais fica claro o descaso com o suado dinheiro que deveria ser revertido em benefício do povo. Concluída a prestação de contas do ano passado, chama atenção os valores absurdos para cobrir as despesas com diárias, que são pagas aos servidores que viajam a serviço do município.
A Casa do Conterrâneo, em Fortaleza: diária pra quê?!

Ao longo de 2014, a Prefeitura de Pacujá torrou R$ 84.756,00 somente em diárias, conforme informações publicadas no Portal da Transparência do Tribunal de Contas dos Municípios. Para que se tenha noção de como esse valor é descabido, basta comparar com o que gastaram os municípios vizinhos de Graça e Mucambo. Mesmo sendo bem maiores e com mais recursos do que Pacujá, cada um deles gastou R$ 60.225,00 e R$ 32.670,00, respectivamente. Parece surreal, mas são os fatos: Pacujá gastou 160% a mais em diárias do que Mucambo!

Mais da metade dos gastos com diárias em Pacujá foram destinados a apenas três pessoas, o que faz dessa farra um gordo salário adicional para cada um desses privilegiados. O principal agraciado é o notório secretário de administração e finanças, Raimundo Rodrigues de Sousa, que embolsou em diárias o montante de R$ 19.035,00. Em 2014, o poderoso secretário tirou nada mais nada menos do que 141 diárias, resultando numa média de 12 diárias por mês.

O show de eficiência administrativa não pára por aí. Todas as viagens “a serviço” realizadas pelo popular secretário tiveram como destino a Capital do Estado, Fortaleza. Ocorre que por lá a Prefeitura mantém a famosa “Casa do Conterrâneo”, cujo aluguel atualmente é de R$ 2.300,00 por mês. Pois bem. É lá onde os conterrâneos costumam se fixar, deixando nítido o quanto são financeiramente vantajosas as viagens “de trabalho”.

Toda essa dinheirama indo para o ralo faz falta em algum lugar, principalmente quando se sabe que as prefeituras irão passar por grandes dificuldades financeiras em 2015. Existe uma expectativa de redução nos repasses do governo federal, pois a economia do país está em crise e, consequentemente, arrecada menos impostos. Difícil é sensibilizar quem tem a caneta na mão. Para eles, tudo é uma eterna farra.

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