terça-feira, 29 de março de 2016

Entrevista com a Deputada Augusta Brito

Dep. Augusta Brito (PCdoB)
Neste primeiro mandato, a Sra. já se considera adaptada ao ambiente de trabalho da Assembleia Legislativa? Que diferenças existem em relação à rotina de prefeita?
Como prefeito, você tem o poder de executar e resolver problemas que têm de ser resolvidos por ele. Já no legislativo, que eu não tinha experiência antes, é totalmente diferente. A gente está aqui para elaborar leis, propor projetos de indicação, e às vezes as pessoas não entendem e querem que se resolva tudo. Infelizmente, a gente não tem o poder de resolver os problemas de cada município ou de cada pessoa. Nosso trabalho é mais amplo. Eu estou me adaptando ao legislativo e buscando sempre aprender mais a cada dia.

A Sra. foi eleita com a bandeira de representar a Ibiapaba. Uma dessas ações tem sido a busca por uma Universidade Pública na região. Em que estágio está esse processo?
O Governador já garantiu a verba para o estudo de viabilidade. A gente está tentando agilizar esse processo de burocracia, mas temos de esperar essa questão do estudo. Aqui na Assembleia, nosso gabinete pediu a aprovação de uma Frente Parlamentar em defesa dessa Universidade, e vamos convidar os deputados que têm expressiva votação na Ibiapaba. O deputado Ivo Gomes está me ajudando nesse projeto e deu essa ideia. A Frente dá mais organização e visibilidade. Eu estou acreditando. A gente fica triste com a burocracia, mas depois vem as outras ideias e nós vamos agir em todos os lados para conseguir.

Em comparação aos municípios do Graça e do Mucambo, no passado o Pacujá era o mais organizado. Hoje, infelizmente, ficou para trás. Na sua opinião, por que isso aconteceu?
A gente não deve atribuir culpa a uma pessoa específica, mas sim à toda conjuntura que vem acontecendo. Se a população realmente acha que o Pacujá não teve crescimento ou não está tendo uma administração que o povo mereça, que dê uma resposta nas eleições. Eu lembro que passava na praça de lá e achava tão bonita e organizada. O Pacujá mudou. Desde quando começou a atrasar salário, o Pacujá ficou com essa fama. Tanto que sempre se comparava que o Graça pagava em dias e o Pacujá não. É uma comparação que eu não esqueço, porque tem uma certa “rivalidade” de municípios vizinhos.

A Sra. também acompanha o cenário político nos municípios do chamado pé de serra. Que análise a Sra. faz do partido e de seu pré-candidato a prefeito, Eraldo Aguiar, em Pacujá?
Eu vejo que o partido está se fortalecendo em todo o pé de serra e na Ibiapaba. O nosso pré-candidato no Pacujá tem uma abertura para a nossa ideologia porque ele quer fazer o bem. Há muito tempo que ele vem nessa luta e dedicação na ajuda às pessoas mais necessitadas. As pessoas que estão no grupo acreditam realmente que vai ser diferente, que ele tem uma ideia real de inovar, de fazer o que o bom político tem que fazer. Então, acredito muito nessa candidatura. Com certeza nós estaremos apoiando, não só como partido. Em todos os municípios devemos estar unidos, sempre dando apoio um ao outro.

Nos municípios citados anteriormente (Pacujá, Mucambo e Graça) o PCdoB compõe o bloco da oposição. Na sua opinião, qual a importância do partido estar representado nesses municípios?
Muito grande. Eu vejo de uma maneira positiva. A democracia é isso, nós temos de ter opções. Não pré-estabelecemos que seríamos oposição nos municípios, mas apareceram as oportunidades. Com certeza o partido quer crescer, e terá o nosso apoio em todas as cidades – Pacujá, Graça e Mucambo. Em todas nós vamos trabalhar muito e, se Deus quiser, o trabalho for positivo e a população achar que a gente pode contribuir para as administrações, a gente garante que vai cumprir o nosso papel.

Considerações finais: Quero parabenizar a vocês do PCdoB de Pacujá. Divulguei o jornal em todos os lugares. E não é um jornal qualquer; não é uma política pessoal. Eu vejo que vocês fazem com muita responsabilidade. Não estou falando isso para elogiar por elogiar. É a verdade. Vocês têm argumento e conteúdo.·

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